terça-feira, 2 de junho de 2009

Reformas do Sistema Monetário Brasileiro

CRUZEIRO 1000 réis = Cr$1(com centavos) 01.11.1942
O Decreto-lei nº 4.791, de 05.10.1942 (D.O.U. de 06.10.42), instituiu o CRUZEIRO como unidade monetária brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, correspondente à centésima parte do cruzeiro.Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinqüenta mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros e quarenta centavos)

CRUZEIRO (sem centavos) 02.12.1964
A Lei nº 4.511, de 01.12.1964 (D.O.U. de 02.12.64), extinguiu a fração do cruzeiro denominada centavo. Por esse motivo, o valor utilizado no exemplo acima passou a ser escrito sem centavos: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros).

CRUZEIRO NOVO Cr$1000 = NCr$1(com centavos) 13.02.1967
O Decreto-lei nº 1, de 13.11.1965 (D.O.U. de 17.11.65), regulamentado pelo Decreto nº 60.190, de 08.02.1967 (D.O.U. de 09.02.67), instituiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o centavo. O Conselho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08.02.1967, estabeleceu a data de 13.02.67 para início de vigência do novo padrão.Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75(quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos).

CRUZEIRO de NCr$ para Cr$(com centavos) 15.05.1970
A Resolução nº 144, de 31.03.1970 (D.O.U. de 06.04.70), do Conselho Monetário Nacional, restabeleceu a denominação CRUZEIRO, a partir de 15.05.1970, mantendo o centavo.Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos) passou a expressar-se Cr$ 4,75(quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos).

CRUZEIRO (sem centavos)16.08.1984
A Lei nº 7.214, de 15.08.1984 (D.O.U. de 16.08.84), extinguiu a fração do Cruzeiro denominada centavo. Assim, a importância do exemplo, Cr$ 4,75 (quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos), passou a escrever-se Cr$ 4, eliminando-se a vírgula e os algarismos que a sucediam.

CRUZADO Cr$ 1000 = Cz$1(com centavos) 28.02.1986
O Decreto-lei nº 2.283, de 27.02.1986 (D.O.U. de 28.02.86), posteriormente substituído pelo Decreto-lei nº 2.284, de 10.03.1986 (D.O.U. de 11.03.86), instituiu o CRUZADO como nova unidade monetária, equivalente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo. A mudança de padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28.02.1986, do Conselho Monetário Nacional.Exemplo: Cr$ 1.300.500 (um milhão, trezentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinqüenta centavos).

CRUZADO NOVO Cz$ 1000 = NCz$1(com centavos) 16.01.1989
A Medida Provisória nº 32, de 15.01.1989 (D.O.U. de 16.01.89), convertida na Lei nº 7.730, de 31.01.1989 (D.O.U. de 01.02.89), instituiu o CRUZADO NOVO como unidade do sistema monetário, correspondente a um mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº 1.565, de 16.01.1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a implantação do novo padrão.Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinqüenta centavos) passou a expressar-se NCz$ 1,30 (um cruzado novo e trinta centavos).

CRUZEIRO de NCz$ para Cr$(com centavos) 16.03.1990
A Medida Provisória nº 168, de 15.03.1990 (D.O.U. de 16.03.90), convertida na Lei nº 8.024, de 12.04.1990 (D.O.U. de 13.04.90), restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda, correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18.03.1990, do Conselho Monetário Nacional.Exemplo: NCz$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos) passou a expressar-se Cr$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros).

CRUZEIRO REAL Cr$ 1000 = CR$ 1(com centavos) 01.08.1993
A Medida Provisória nº 336, de 28.07.1993 (D.O.U. de 29.07.93), convertida na Lei nº 8.697, de 27.08.1993 (D.O.U. de 28.08.93), instituiu o CRUZEIRO REAL, a partir de 01.08.1993, em substituição ao Cruzeiro, equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do centavo. A Resolução nº 2.010, de 28.07.1993, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário.Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se CR$ 1.700,50 (um mil e setecentos cruzeiros reais e cinqüenta centavos).

REAL CR$ 2.750 = R$ 1(com centavos) 01.07.1994
A Medida Provisória nº 542, de 30.06.1994 (D.O.U. de 30.06.94), instituiu o REAL como unidade do sistema monetário, a partir de 01.07.1994, com a equivalência de CR$ 2.750,00 (dois mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros reais), igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 30.06.94. Foi mantido o centavo.Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV - Unidade Real de Valor - prevista na Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28.02.94, reeditada com os números 457 (D.O.U. de 30.03.94) e 482 (D.O.U. de 29.04.94) e convertida na Lei nº 8.880, de 27.05.1994 (D.O.U. de 28.05.94).Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais) passou a expressar-se R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Governança Corporativa

Governança corporativa ou governo das sociedades ou das empresas é o conjunto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições que regulam a maneira como uma empresa é dirigida, administrada ou controlada. O termo inclui também o estudo sobre as relações entre os diversos atores envolvidos (os stakeholders) e os objetivos pelos quais a empresa se orienta. Os principais atores tipicamente são os acionistas, a alta administração e o conselho de administração. Outros participantes da governança corporativa incluem os funcionários, fornecedores, clientes, bancos e outros credores, instituições reguladoras (como a CVM, o Banco Central, etc.), o meio-ambiente e a comunidade em geral. Governança corporativa é uma área de estudo com múltiplas abordagens. Uma das principais preocupações é garantir a aderência dos principais atores a códigos de conduta pré-acordados, através de mecanismos que tentam reduzir ou eliminar os conflitos de interesse e as quebras do dever fiduciário. Um problema relacionado, entretanto normalmente tratado em outro fórum de discussão é o impacto da governança corporativa na eficiência econômica, com uma forte ênfase em maximizar valor para os acionistas. Há ainda outros temas em governança corporativa, como a preocupação com o ponto de vista dos outros stakeholders que não os acionistas, bem como o estudo dos diversos modelos de governança corporativa ao redor do mundo. Tem havido um renovado interesse no assunto de governança corporativa desde 2001, particularmente devido aos espetaculares colapsos de grandes corporações norte-americanas como a Enron Corporation e Worldcom. Em 2002, o governo federal norte-americano aprovou a Lei Sarbannes-Oxley, com o propósito de restaurar a confiança do público em geral na governança corporativa. Definição São as instituições de Bretton Woods – Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional – que a puseram na moda. Ela engloba, com efeito, o conjunto dos poderes legislativo, executivo e judiciário, a administração, o governo, o parlamento, os tribunais, as coletividades locais, a administração do Estado, a Comissão Européia, o sistema das Nações Unidas... A governança é a capacidade das sociedades humanas para se dotarem de sistemas de representação, de instituições e processos, de corpos sociais, para elas mesmas se gerirem, em um movimento voluntário. Esta capacidade de consciência (o movimento voluntário), de organização (as instituições, os corpos sociais), de conceitualização (os sistemas de representação), de adaptação a novas situações é uma característica das sociedades humanas. É um dos traços que as distinguem das outras sociedades de seres vivos, animais e vegetais. A emergência progressiva dos Estados, dos princípios e das modalidades de governança pacífica, em sociedades sempre mais povoadas e sempre mais complexas, é o sinal e para alguns a própria definição da civilização. História As crises da governança Apesar dos avanços da governança em escala internacional e da recente reabilitação do Estado no próprio seio de instituições internacionais tradicionalmente pouco simpáticas ao setor público, existe uma profunda crise da ação pública desde o final dos anos 1970, mais ou menos em todo o mundo. Estão na moda a crise do Estado, a crítica do setor público, o fracasso da ONU, o euroceticismo. Observa-se em muitos países, o desmantelamento dos sistemas estatais pelo tríplice movimento da privatização dos serviços públicos, da mundialização dos mercados e da descentralização. A implosão dos regimes de economia planejada na Europa e a abertura ao mercado dos regimes comunistas da Ásia, a crise financeira e moral do Estado-providência na maioria das democracias ocidentais, a rápida mundialização das trocas comerciais e dos mercados financeiros puderam dar, nos anos que se seguiram à queda do muro de Berlim, o sentimento de uma vitória do neoliberalismo e da “revolução conservadora”. A década de 1960 fora aquela do Estado triunfante. A URSS, com a conquista do espaço, parecia mostrar sua capacidade, ao menos técnica, de alcançar os EUA. No terceiro mundo, planejamento e capitalismo público pareciam, na ausência de tradições industriais ou empresariais locais, o caminho principal e programado do desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, os Estados aperfeiçoavam seus instrumentos e suas políticas para enquadrar as economias nacionais, garantir o pleno emprego, organizar as transferências sociais necessárias, oferecer a cada um a proteção do Estado-providência. Vinte anos depois, mudança completa de discurso e de cenário. O Estado-nação ficou na berlinda. Sua autonomia e seu poder foram erodidos. Erodidos por cima com a mundialização da economia e a globalização dos mercados financeiros; com, para os países europeus, o papel crescente da União Européia, das diretrizes de Bruxelas, dos critérios de convergência de Maastricht, com o desenvolvimento das convenções internacionais, como o GATT; com o aumento do poder das grandes firmas multinacionais, sempre menos ligadas aos países em que nasceram. Erodidos por baixo, com a descentralização, o aumento dos poderes locais e das reivindicações autonomistas, com o enfraquecimento dos grandes corpos intermediários políticos, sindicais, religiosos, sociais que garantiam em escala nacional o diálogo entre o Estado e a sociedade. As oito principais características da "boa governança": 1 - Participação 2 - Estado de direito 3 - Transparência 4 - Responsabilidade 5 - Orientação por consenso 6 - Igualdade e inclusividade 7 - Efetividade e eficiência 8 - Prestação de conta (accountability) Participação Participação significa que homens e mulheres devem participar igualmente das atividades de governo. A participação deve contemplar a possibilidade de participação direta ou participação indireta através de instituições ou representantes legítimos. A participação implica a existência de liberdade de expressão e liberdade de associação de um lado, e uma sociedade civil organizada de outro lado. O princípio, apesar de parecer utópico, é perfeitamente possível desde que: 1- Existam leis claras e específicas que garantam os termos propostos; 2- Exista iniciativas do Estado visando a sustentação dos termos. Estado de Direito A boa governança requer uma estrutura legal justa que se aplica a todos os cidadãos do Estado independentemente de sua riqueza financeira, de seu poder político, de sua classe social, de sua profissão, de sua raça e de seu sexo. A boa governança deve garantir total proteção dos direitos humanos, pertençam as pessoas a maiorias ou a minorias sociais, sexuais, religiosas ou étnicas. A boa governança deve garantir que o poder judiciário seja independente do poder executivo e do poder legislativo. A boa governança deve garantir que as forças policiais sejam imparciais e incorruptíveis. Transparência As decisões tomadas e sua fiscalização são feitas através de regras e regulamentos conhecidos. Toda a informação governamental é livremente disponível e diretamente acessível para aqueles que serão afetados por tais decisões e pelos trabalhos de fiscalização. Isso nao é verdade. Responsabilidade As instituições governamentais e a forma com que elas procedem são desenhadas para servir os membros da sociedade como um todo e não apenas pessoas privilegiadas. Os processos das instituições governamentais são desenhados para responder as demandas dos cidadãos dentro de um período de tempo razoável. Decisões orientadas para um Consenso As decisões são tomadas levando-se em conta que os diferentes grupos da sociedade necessitam mediar seus diferentes interesses. O objetivo da boa governança na busca de consenso nas relações sociais deve ser a obtenção de uma concordância sobre qual é o melhor caminho para a sociedade como um todo. Além disso, as decisões também devem ser tomadas levando em conta a forma como tal caminho pode ser trilhado. Essa forma de obter decisões requer uma perspectiva de longo prazo para que ocorra um desenvolvimento humano sustentável. Essa perspectiva também é necessária para conseguir atingir os objetivos desse desenvolvimento. Igualdade e inclusividade A boa governança deve assegurar igualdade de todos os grupos perante os objetivos da sociedade. O caminho proposto pelo governante deve buscar promover o desenvolvimento econômico de todos os grupos sociais. As decisões devem assegurar que todos os membros da sociedade sintam que façam parte dela e não se sintam excluídos em seu caminho para o futuro. Esta abordagem requer que todos os grupos, especialmente os mais vulneráveis, tenham oportunidade de manter e melhorar seu bem –estar. Efetividade e eficiência A boa governança deve garantir que os processos e instituições governamentais devem produzir resultados que vão ao encontro das necessidades da sociedade ao mesmo tempo em que fazem o melhor uso possível dos recursos à sua disposição. Veja Lei do Ótimo de Pareto. Isso também implica que os recursos naturais sejam usados sustentavelmente e que o ambiente seja protegido. Suporte à auditoria fiscalizadora As instituições governamentais, as instituições do setor privado e as organizações da sociedade civil deveriam ser fiscalizáveis pelas pessoas da sociedade e por seus apoiadores institucionais. De forma geral, elas devem ser fiscalizáveis por todas aquelas pessoas que serão afetadas por suas decisões, atos e atividades.

Mercado de Capitais no Brasil

Antes da década de 60, os brasileiros investiam principalmente em ativos reais (imóveis), evitando aplicações em títulos públicos ou privados. A um ambiente econômico de inflação crescente - principalmente a partir do final da década de 1950 - se somava uma legislação que limitava em 12% ao ano a taxa máxima de juros, a chamada Lei da Usura, também limitando o desenvolvimento de um mercado de capitais ativo. Essa situação começa a se modificar quando o Governo que assumiu o poder em abril de 1964 iniciou um programa de grandes reformas na economia nacional, dentre as quais figurava a reestruturação do mercado financeiro quando diversas novas leis foram editadas. Entre aquelas que tiveram maior importância para o mercado de capitais podemos citar a Lei nº 4.537/64, que instituiu a correção monetária, através da criação das ORTN, a Lei nº 4.595/64, denominada lei da reforma bancária, que reformulou todo o sistema nacional de intermediação financeira e criou o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central e, principalmente, a Lei nº 4.728, de 14.04.65, primeira Lei de Mercado de Capitais, que disciplinou esse mercado e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento. A introdução da legislação acima referida resultou em diversas modificações no mercado acionário, tais como: a reformulação da legislação sobre Bolsa de Valores, a transformação dos corretores de fundos públicos em Sociedades Corretoras, forçando a sua profissionalização, a criação dos Bancos de Investimento, a quem foi atribuída a principal tarefa de desenvolver a indústria de fundos de investimento. Com a finalidade específica de regulamentar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários, as Bolsa de Valores, os intermediários financeiros e as companhias de capital aberto, funções hoje exercidas pela CVM, foi criada uma diretoria no Banco Central - Diretoria de Mercado de Capitais. Ao mesmo tempo, foram introduzidos alguns incentivos para a aplicação no mercado acionário, dentre as quais destacamos se destacam os Fundos 157, criados pelo Decreto Lei nº 157, de 10.02.1967. Estes fundos eram uma opção dada aos contribuintes de utilizar parte do imposto devido, quando da Declaração do Imposto de Renda, em aquisição de quotas de fundos de ações de companhias abertas administrados por instituições financeiras de livre escolha do aplicador. Com o grande volume de recursos carreados para o mercado de acionário, principalmente em decorrência dos incentivos fiscais criados pelo Governo Federal, houve um rápido crescimento da demanda por ações pelos investidores, sem que houvesse aumento simultâneo de novas emissões de ações pelas empresas. Isto desencadeou o "boom" da Bolsa do Rio de Janeiro quando, entre dezembro de 1970 e julho de 1971, houve uma forte onda especulativa e as cotações das ações não pararam de subir. Após alcançar o seu ponto máximo em julho de 1971, iniciou-se um processo de realização de lucros pelos investidores mais esclarecidos e experientes que começaram a vender suas posições. O quadro foi agravado progressivamente quando novas emissões começaram a chegar às bolsas, aumentando a oferta de ações, em um momento em que muitos investidores, assustados com a rapidez e a magnitude do movimento de baixa, procuravam vender seus títulos. O movimento especulativo, conhecido como "boom de 1971", teve curta duração mas suas conseqüências foram vários anos de mercado deprimido, pois algumas ofertas de ações de companhias extremamente frágeis e sem qualquer compromisso com seus acionistas, ocorridas no período, geraram grandes prejuízos e mancharam de forma surpreendentemente duradoura a reputação do mercado acionário. Apesar disso, notou-se uma recuperação das cotações, a partir de 1975, devido a novos aportes de recursos (as reservas técnicas das seguradoras, os recursos do Fundo PIS/PASEP, adicionais do Fundo 157 e a criação das Sociedades de Investimento Decreto Lei nº 1401 para captar recursos externos e aplicar no mercado de ações), além de maiores investimentos por parte dos Fundos de Pensão. Ao longo do tempo, vários outros incentivos foram adotados visando incentivar o crescimento do mercado, tais como: a isenção fiscal dos ganhos obtidos em bolsa de valores, a possibilidade de abatimento no imposto de renda de parte dos valores aplicados na subscrição pública de ações decorrentes de aumentos de capital e programas de financiamento a juros subsidiados efetuados pelo BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social aos subscritores de ações distribuídas publicamente. Foi dentro desse quadro de estagnação e tentativa de recuperação do mercado acionário que, em 1976, foram introduzidas duas novas normas legais, ainda em vigor: a Lei nº 6.404/76, nova Lei das Sociedades Anônimas que visava modernizar as regras que regiam as sociedades anônimas, até então reguladas por um antigo Decreto-Lei de 1940 e a Lei nº 6.385/76, segunda Lei do Mercado de Capitais que, entre outras inovações, que criou a CVM e introduziu no mercado uma instituição governamental destinada exclusivamente a regulamentar e desenvolver o mercado de capitais, fiscalizar as Bolsa de Valores e as companhias abertas. Não obstante todos esses incentivos, o mercado de capitais não teve o crescimento esperado, ainda que em alguns momentos tenha havido um aumento na quantidade de companhias abrindo seu capital e um volume razoável de recursos captados pelas empresas através de ofertas públicas de ações tenha ocorrido durante a década de 1980. Apesar da experiência pioneira para atrair capitais externos para aplicação no mercado de capitais brasileiro, representada pelo Decreto-Lei nº 1.401/76, o processo de internacionalização do mercado chega ao país no final da década de 1980, sendo seu marco inicial a edição da Resolução do CMN nº 1.289/87 e seus anexos. A partir de meados da década de 1990, com a aceleração do movimento de abertura da economia brasileira, aumenta o volume de investidores estrangeiros atuando no mercado de capitais brasileiro. Além disso, algumas empresas brasileiras começam a acessar o mercado externo através da listagem de suas ações em bolsas de valores estrangeiras, principalmente a New York Stock Exchange, sob a forma de ADR'-s - American Depositary Reciepts com o objetivo de se capitalizar através do lançamento de valores mobiliários no exterior. Ao listar suas ações nas bolsas americanas, as companhias abertas brasileiras foram obrigadas a seguir diversas regras impostas pela SEC - Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, relacionadas a aspectos contábeis, de transparência e divulgação de informações, os chamados "princípios de governança corporativa". A partir daí, as empresas brasileiras começam a ter contato com acionistas mais exigentes e sofisticados, acostumados a investir em mercados com práticas de governança corporativa mais avançadas que as aplicadas no mercado brasileiro. Ao número crescente de investidores estrangeiros soma-se uma maior participação de investidores institucionais brasileiros de grande porte e mais conscientes de seus direitos. Com o passar do tempo, o mercado de capitais brasileiro passou a perder espaço para outros mercados devido à falta de proteção ao acionista minoritário e a incertezas em relação às aplicações financeiras. A falta de transparência na gestão e a ausência de instrumentos adequados de supervisão das companhias influenciavam a percepção de risco e, conseqüentemente, aumentavam o custo de capital das empresas. Algumas iniciativas institucionais e governamentais foram implementadas nos últimos anos com o objetivo de revitalizar o mercado brasileiro de capitais, aperfeiçoando a sua regulamentação, e assegurando maior proteção ao investidor e a melhoria das práticas de governança das empresas brasileiras. Destacam-se entre elas a aprovação da Lei nº 10.303/01 e a criação do Novo Mercado e dos Níveis 1 e 2 de Governança Corporativa pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

PAEG

Plano Trienal

Em 1963, o governo Goulart elaborou o Plano Trienal para reduzir a inflação, garantir o crescimento até 1965 e realizar as "reformas de base".
Para combater a inflação, foram adotadas políticas fiscal e monetária contracionistas. A carga tributária foi elevada e os gastos do governo em investimento e subsídio foram reduzidos. O crédito ao setor privado também foi contraído.
As reformas de base diziam respeito à reforma agrária, às reformas fiscal, administrativa e educacional e à redução dos desequilíbrios regionais. Acreditava-se que a inflação não seria eliminada sem as reformas de base.
A possível renegociação da dívida externa e o aumento das exportações faria com que entrassem capitais externos. O Plano Trienal contava com isto para retomar o crescimento e melhorar a capacidade de importar da economia.
O Plano Trienal não deu certo, porém, basicamente porque não foi bem recebido pela comunidade internacional.

Inflação e PAEG

Em 1964, a inflação acelerou e o déficit do balanço de pagamentos aumentou.
Instalou-se um governo militar e a estabilização da inflação passou a ser prioridade de política econômica.
O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) procurou reduzir a inflação através da diminuição da demanda agregada. A ênfase recaiu na redução dos gastos do governo e na remoção do excesso de demanda provocado pelas políticas populistas anteriores de juros baixos e aumentos de salário acima da produtividade. Ao invés do tratamento de choque, a inflação procurou ser reduzida gradualmente.
Para reduzir o déficit do balanço de pagamentos, foi adotado um sistema de minidesvalorizações cambiais.

As Reformas do PAEG

Foram criados novos mecanismos de intermediação financeira, houve um reordenamento do mercado de capitais e foram adotadas novas medidas para atrair capitais externos.
A correção monetária foi um mecanismo de indexação introduzido para convivência com a inflação. Também foram criadas condições financeiras para fornecimento de crédito ao consumidor.
Empréstimos de curto prazo para as empresas ficaram a cargo de bancos comerciais, enquanto investimentos de longa maturação foram financiados por bancos de investimento. Em particular, a construção civil foi financiada pelo Banco Nacional da Habitação (BNH).
Um mecanismo de poupança forçada foi criado em 1967 para financiar a construção civil ao lado do BNH: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que mais tarde levou a um grande impulso da construção civil.
A arrecadação de impostos cresceu a partir de 1965 graças a uma reforma tributária centralizadora e a aplicação da correção monetária aos tributos.
Títulos do Tesouro foram vendidos para financiar o gasto do governo com poupança privada. As empresas estatais foram estimuladas a fixar os preços de seus produtos com base em planilhas de custo. Estas empresas puderam então ampliar sua capacidade produtiva sem impactar as contas do governo. Isto não se aplicou, porém, às empresas produtoras de insumos básicos.
Além das minidesvalorizações, foram instituídas outras medidas para atrair os investimentos estrangeiros afugentados no final do governo anterior.
Na política salarial, reajustes foram concedidos com base na inflação prevista pelo governo adicionando 1,5% pela produtividade. Como as previsões subestimaram a inflação, isto acabou provocando perda do poder de compra dos salários entre 1965 e 1967.

Sucesso do Plano

Em geral, o PAEG foi um plano bem sucedido: a inflação caiu entre 1964 e 1967. A estabilidade dos preços juntamente com a reforma financeira deixaram a economia em condições de voltar a crescer a partir de 1968.

Inflação

Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Isso é equivalente ao aumento no nível geral de preços. Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação chamada de estabilidade de preços.
Em alguns contextos, a palavra inflação é utilizada para significar um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que é às vezes visto como a causa do aumento de preços; alguns economistas (como os da Escola austríaca) preferem o primeiro significado, em vez de definir inflação pelo aumento de preços. Assim, por exemplo, alguns estudiosos da década de 1920 nos EUA referem-se a inflação, ainda que os preços não estivessem aumentando naquele período. Mas de um modo geral, a palavra inflação é usada como aumento de preços, a menos que um significado alternativo seja expressamente especificado. Outra distinção também se faz quando analisam-se os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação se traduz mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras, e internamente ela se exprime mais no aumento do volume de dinheiro e aumento dos preços.
Um exemplo clássico de inflação foi o aumento de preços no Império Romano, causado pela desvalorização dos denários que, antes confeccionados em ouro puro, passaram a ser fabricados com todo tipo de impurezas. O imperador Diocleciano, ao invés de perceber essa causa, já que a ciência econômica ainda não existia, culpou a avareza dos mercadores pela alta dos preços, promulgando em 301 um edito que punia com a morte qualquer um que praticasse preços acima dos fixados.
A inflação pode ser contrastada com a reflação, que é ou um aumento de preços de um estado deflacionado, ou alternativamente, uma redução na taxa de deflação (ou seja, situações em que o nível geral de preços está caindo em uma taxa decrescente). Um termo relacionado é desinflação, que é uma redução na taxa de inflação, mas não o suficiente para causar deflação.

Derivativos

Derivativos são ativos ativos Bens e direitos possuídos por uma empresa ou fundo de investimento. Para fundos de investimento, representa todos os títulos (títulos públicos, títulos privados, ações, commodities, cotas de fundo de investimento, etc.) que compõe a carteira do fundo ativos Bens e direitos possuídos por uma empresa ou fundo de investimento. Para fundos de investimento, representa todos os títulos (títulos públicos, títulos privados, ações, commodities, cotas de fundo de investimento, etc.) que compõe a carteira do fundofinanceiros que derivam, integral ou parcialmente, do valor de outro ativo financeiro ou mercadoria. Podem também ser entendidos como operações financeiras que tenham como base de negociação o preço ou cotação de um ativo (chamado de ativo-objeto) negociados nos mercados futuros, a termo, de opções de compra e venda, de swaps e demais operações financeiras mais complexas.

Mercado Futuro

Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda de determinada quantidade e qualidade padronizadas de um ativo financeiro ou real, representada por contratos padronizados para liquidação (física e/ou financeira) em data futura. Nesse mercado existe o ajuste diário ajuste diário É a equalização de todos os contratos em aberto no mercado futuro, mercado futuro Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda de determinada quantidade de um ativo financeiro ou real, para liquidação (física e/ou financeira) em data futura. As operações do mercado futuro são realizadas em pregão, através da compra e venda de contratos autorizados pela Bolsa, a qual estabelece a padronização dos mesmos. com base no preço de compensação do dia. O ajuste diário traduz os movimentos dos mercados em lucros e prejuízos efetivos para os participantes.do valor dos contratos. Esse é o mecanismo que possibilita a liquidação financeira diária de lucros e prejuízos das posições, viabilizando a troca de posições.

Mercado a Termo

Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda de contratos padronizados para liquidação física e financeira em data futura, ficando as partes, compradora e vendedora, vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato.

Mercado de Opções

Aquele em que uma parte adquire o direito de comprar (opção de compra) ou vender (opção de venda) o objeto de negociação, até ou em determinada data, por preço previamente estipulado. A outra parte, em contrapartida, assume o dever de vender (opção de compra) ou comprar (opção de venda) tal objeto de negociação, que são contratos padronizados representativos de um ativo financeiro ou de uma mercadoria no mercado disponível ou no mercado futuro.

Mercado de Swaps

Aquele em que as partes trocam um índice de rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge, hedge Estratégia de proteção financeira, realizada nos mercados derivativos, para eliminar o risco a que o agente econômico está exposto no mercado à vista. Consiste em assumir no mercado derivativo posição oposta à detida no mercado à vista. Pode ser entendido como um seguro contra o risco de preço do mercado.casar posições ativas (recebimento) com posições passivas (dívida), eqüalizar preços, efetuar arbitragem arbitragem Operação financeira em que se busca obter resultado positivo através do posicionamento em dois ativos ou dois mercados que apresentem variações na diferença entre seus preços, sem que haja necessidade de investimento de recursos próprios e sem que se corram riscos elevados.ou até alavancar sua exposição exposição Parcela de uma carteira cujo valor financeiro está sujeito às oscilações de um determinado ativo, índice ou mercado. ao risco.

O que é Hedge?

A tradução literal de Hedge é proteção. Os investidores e ou administradores de carteiras buscam nas operações de hedge proteger seus investimentos contra oscilações bruscas de preços. Utilizam para tanto operações nos mercados futuros, termo, opções, swaps etc para reduzir o risco .
Entretanto, quando usados como forma de obter ganhos altos e rápidos, isto é, quando usados como especulação, podem aumentar o risco de perda total ou parcial do investimento. Procure saber com o administrador de seu fundo de investimento qual é a política de atuação nos mercados futuros.

Onde são negociados os derivativos?

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) é o local onde são negociados os chamados derivativos derivativos Denominação genérica para operações que têm por referência um ativo qualquer, chamado de "ativo base" ou "ativo subjacente" (que em geral é negociado no mercado à vista). Derivativos usualmente têm uma data de vencimento. Exemplos de derivativos são opções de compra/venda, futuros e swapsno Brasil. Ela é constituída sob a forma de sociedade por ações e tem por objetivo organizar, prover o funcionamento e desenvolver mercados livres e abertos para negociação de quaisquer espécies de títulos e/ou contratos que possuam como referência, ou tenham como objeto, ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, mercadorias (também chamadas "commodities") e moedas, nas modalidades a vista (também chamado mercado disponível) e para liquidação futura (mercados a termo, de opções e de futuros).

Consenso de Washington

Consenso de Washington é um conjunto de medidas - que se compõe de dez regras básicas - formulado em novembro de 1989 por economistas de instituições financeiras baseadas em Washington, como o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, fundamentadas num texto do economista John Williamson, do International Institute for Economy, e que se tornou a política oficial do Fundo Monetário Internacional em 1990, quando passou a ser "receitado" para promover o "ajustamento macroeconômico" dos países em desenvolvimento que passavam por dificuldades.
Segundo Dani Rodrik: "Enquanto as lições tiradas pelos proponentes (do Consenso de Washington) e dos céticos diferem, é legítimo dizer que ninguém mais acredita no Consenso de Washington. A questão agora não é saber se o Consenso de Washinton ainda vive; é saber-se o que deverá substituí-lo".

O termo "Consenso de Washington"
John Williamson criou a expressão "Consenso de Washington", em 1990, originalmente para significar: "o mínimo denominador comum de recomendações de políticas econômicas que estavam sendo cogitadas pelas instituições financeiras baseadas em Washington e que deveriam ser aplicadas nos países da América Latina, tais como eram suas economias em 1989." Desde então a expressão "Consenso de Washington" fugiu ao controle de seu criador e vem sendo usada para abrigar todo um elenco de medidas e para justificar políticas neoliberais, com as quais nem mesmo Williamson concorda:
"Claro que eu nunca tive a intenção que meu termo fosse usado para justificar liberalizações de contas de capital externo...monetarismo, supply side economics, ou minarquia (que tira do Estado a função de prover bem-estar social e distribuição de renda), que entendo serem a quintessência do pensamento neoliberal".

O Consenso de Washington na prática da política econômica mundial
Independentemente das intenções originais de seu criador, o termo "Consenso de Washington" foi usado ao redor do mundo para consolidar o receituário de caráter neoliberal - na onda mundial que teve sua origem no Chile de Pinochet, sob orientação dos Chicago Boys, que seria depois seguida por Thatcher, na Inglaterra (thatcherismo) e pela supply side economics de Ronald Reagan (reaganismo), nos Estados Unidos.
O FMI passou a recomendar a implementação dessas medidas nos países emergentes, durante a década de 90, como sendo uma fórmula infalível, destinada a acelerar seu desenvolvimento econômico.
De início essas idéias foram aceitas e adotadas por dezenas de países sem serem muito questionadas.
Só após a grave crise asiática, em 1997, da quase quebra da Rússia, que viu seu PIB cair 30%, da "quebra" da economia Argentina - que recebia notas A+ do FMI pelo zelo com que aplicava suas sugestões - e de vários outros desajustes econômicos ocorridos pelo mundo, o "Consenso" foi adaptado e, desde 2004, já revisto pelo próprio FMI, que abandonou o dogmatismo inicial.
A popularização dessas políticas econômicas criadas, foi muito facilitada pelo entusiasmo que gerou a queda do muro de Berlim e foi ajudada pela decadência do socialismo soviético, numa época em que parecia que os países que seguiam o planejamento central estavam fadados ao fracasso econômico e político.
«Estabilizar privatizar e liberalizar tornou-se o mantra de uma geração de tecnocratas que estavam tendo sua primeira experiência no mundo subdesenvolvido, e dos líderes políticos por eles aconselhados.

(Dani Rodrik, Professor de Política Econômica Internacional, Universidade de Harvard)
Muitos países subdesenvolvidos acabaram por implementar, em vários graus, componentes desse pacote econômico, com resultados muito debatidos. Críticos do Consenso de Washington alegam que o pacote levou à desestabilização econômica. Outros acusam o Consenso de Washington de ter produzido crises, como a da Argentina, e pelo aumento das desigualdades sociais na América Latina. Frequentemente os críticos do Consenso de Washington são associados por seus defensores - ou são acusados de serem associados - ao socialismo ou à antiglobalização. Mais recentemente essas críticas vêm sendo engrossadas por acadêmicos norteamericanos, como fez Dani Rodrik, Professor de Política Econômica Internacional na Universidade de Harvard, em seu trabalho Adeus Consenso de Washington, Olá Confusão de Washington ?

As dez regras básicas:
Disciplina fiscal
Redução dos gastos públicos
Reforma tributária
Juros de mercado
Câmbio de mercado
Abertura comercial
Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições
Privatização das estatais
Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas)
Direito à propriedade intelectual

Resultados
O entusiasmo despertado pelas reformas preconizadas pelo Consenso de Washigton foi tal em muitos países, inclusive no Brasil, que a lista de 10 recomendações do Williamson tornou-se humilde e inócua por comparação. A liberalização e abertura para os fluxos de capitais internacionais foi muito além daquilo que o próprio Williamson julgava adequado ( e prudente) de seu ponto de vista dos anos 80, em muitos países subdesenvolvidos. Apesar dos protestos de Williamson, sua agenda de reformas passou a ser percebida, ao menos por seus críticos, como um esforço ideológico destinado a impor o neoliberalismo, e o fundamentalismo de livre mercado, aos países emergentes.
Uma das coisas que é hoje mais ou menos consensual acerca dessas reformas é que as coisas não sairam como fora planejado. Mesmo os mais ardorosos defensores das políticas preconizadas então pelo Consenso de Washington concordam que o crescimento ficou muito abaixo do esperado na América Latina, e que o "período de transição" foi muito mais profundo e duradouro nas economias anteriormente socialistas do que fora imaginado.
A autocrítica desenvolvida no documento The World Bank’s Economic Growth in the 1990s: Learning from a Decade of Reform (2005), é altamente supreendente na medida em que nos mostra como nos distanciamos das idéias originais do Consenso de Washington. Gobind Nankani, vice presidente do Banco Mundial escreveu no seu prefácio: "(...)que não há um único conjunto universal de regras. temos que nos afastar de fórmulas pré-estabelecidas, e da procura por 'melhores práticas' ilusórias..." (p. xiii). A nova ênfase do Banco Mundial reside agora na necessidade da humildade, em políticas diversificadas, em reformas limitadas e seletivas, e na necessidade da experimentação. Segundo Dani Rodrik, por vezes seu leitor tem que ser relembrado de que não tem em suas mãos algum manifesto radical, mas sim um relatório oficial preparado na própria sede da ortodoxia econômica universal no campo do desenvolvimento. O relatório do Banco Mundial reconheceu que, em primeiro lugar, houve um colapso, prolongado e inesperado, na produção dos países em transição das economias anteriormente comunistas. Mais de uma década depois de iniciada a transição para os livremercados, muitos países anteriormente comunistas ainda não tinham recuperado seus níveis anteriores de produção. Em segundo lugar a África Sub-Sahariana não 'decolou', a despeito das reformas políticas e nas melhoras das políticas externas e do contínuo influxo de ajuda econômica. Os sucessos foram poucos - Uganda, Tanzania e Moçambique são os mais citados, mas uma década depois suas economias ainda permanecem frágeis. Em terceiro lugar houve recorrentes e dolorosas crises financeiras na América Latina, Leste Asiático e Turquia. A maioria dessas crises era imprevisível, até que o fluxo de capitais, em mercados liberados, reverteu-se subitamente. Em quarto lugar o crescimento da América Latina em termos per capita ficou muito abaixo do período 1950-80, apesar dos desmantelamento das políticas estatizantes, populistas e protecionistas dos antigos regimes da região. Finalmente a Argentina, a garotapropaganda das teses do Consenso de Washington, desabou em 2002.

A Malásia: uma "solução alternativa" aos programas do FMI ?
A Malásia se constitui num caso curioso, que pode servir de "experiência de laboratório" para as recomendações de política econômica receitadas pelo Consenso de Washington.
Isto porque a Malásia, quando da crise asiática, em 1997-98, sofreu uma forte crise cambial - com sua moeda, o ringgit, caindo de 2,50 para 4,20 por dólar - e fez exatamente o oposto do que recomenda o FMI nas mesmas circunstâncias, obtendo grande sucesso.
Nas crises de fugas de capitais, que se transformam em crises cambiais, o FMI recomenda a flutuação das taxas de câmbio; a Malásia fixou-as. O FMI sugere uma forte elevação dos juros; a Malásia reduziu-os. O FMI receita redução dos gastos públicos para reduzir a relação dívida/PIB. A Malásia aumentou os gastos públicos e impôs uma trajetória ascendente à sua relação dívida/PIB.
Tudo isso só pôde ser feito por que a Malásia neutralizou, com a adoção de rígidos controles, os possíveis impactos que a plena movimentação de capitais de curto prazo poderia ter causado à sua economia.
A recuperação malaia foi impressionante. Sua indústria cresceu 8,5% em 1999, ano em que seu PIB cresceu 5,4%e seu PIB continuou a crescer 7,8% em 2000 e 7% em 2001. A inflação, que em 1998 - antes da crise - fora de 5,3%, caiu para 2,8% em 2000 e 2,2% em 2001. A relação dívida/PIB, que era de 60% antes da crise, manteve-se em alta e hoje atinge um patamar superior a 70%.
Um estudo acadêmico bastante conhecido, elaborado por KAPLAN e RODRIK, constatou que a recuperação da Malásia, na crise 1997-98, foi mais rápida e menos custosa quando comparada à recuperação da Tailândia e a da Coréia, que seguiram à risca o receituário do FMI.

Plano Collor

O Plano Collor é o nome dado ao conjunto de reformas econômicas e planos para estabilização da inflação criados durante a presidência de Fernando Collor de Mello entre 1990 e 1992. O plano era oficialmente chamado Plano Brasil Novo, mas ele se tornou associado fortemente a figura de Collor, e "Plano Collor" se tornou nome de facto.
O plano Collor combinava liberação fiscal e financeira com medidas radicais para estabilização da inflação. As principais medidas de estabilização da inflação foram acompanhadas de programas de reforma de comércio externo, a Política Industrial e de Comércio Exterior, mais conhecida como PICE, e um programa de privatização intitulado Programa Nacional de Desestatização,mais conhecido como PND.
A teoria do plano econômico foi desenvolvida pelos economistas Antônio Kandir, Álvaro Zini e Fábio Giambiagi. O plano efetivamente implementado foi desenvolvido pelos economistas Zélia Cardoso de Mello, Antônio Kandir, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e João Maia.

Plano Collor I
O Brasil sofreu por vários anos a hiperinflação: em 1989, o ano antes da posse de Collor, a média mensal da inflação foi de 28,94%. O Plano Collor procurava estabilizar a inflação pelo "congelamento" do passivo público (tal como o débito interno) e restringindo o fluxo de dinheiro para parar a inflação inercial.
O congelamento causou uma forte redução no comércio e da produção industrial. Com a redução da geração de dinheiro de 30% para 9% do PIB, a taxa de inflação caiu de 81% em março para 9% em junho. O governo enfrentou duas escolhas: eles poderiam segurar o congelamento e arriscar uma recessão devido a redução dos ativos, ou remonetizar a economia através do descongelamento e correr o risco do retorno da inflação.

O confisco
Segundo o acadêmico Carlos Eduardo Carvalho, Professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a medida política executada pelo Governo Collor, que ficou conhecida como confisco, não fazia parte, originalmente, do Plano Collor e tem origens num consenso entre os candidatos à presidência da época: Fernando Collor de Mello, Ulysses Guimarães e Luís Inácio Lula da Silva. O confisco já era um tema em debate entre os candidatos à eleição presidencial: A gênese do Plano Collor, ou seja, como e quando foi formatado o programa propriamente dito, desenvolveu-se na assessoria de Collor a partir do final de dezembro de 1989, depois da vitória no segundo turno. O desenho final foi provavelmente muito influenciado por um documento discutido na assessoria do candidato do PMDB, Ulysses Guimarães, e depois na assessoria do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, entre o primeiro turno e o segundo. Apesar das diferenças nas estratégias econômicas gerais, as candidaturas que se enfrentavam em meio à forte aceleração da alta dos preços, submetidas aos riscos de hiperinflação aberta no segundo semestre de 1989, não tinham políticas de estabilização próprias. A proposta de bloqueio teve origem no debate acadêmico e se impôs às principais candidaturas presidenciais. Quando ficou claro o esvaziamento da campanha de Ulysses, a proposta foi levada para a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva, do PT, obteve grande apoio por parte de sua assessoria econômica e chegou à equipe de Zélia depois do segundo turno, realizado em 17 de dezembro.

Medidas do Plano Collor I
O plano foi anunciado em 16 de março de 1990, um dia após a posse de Collor. Suas políticas planjeadas incluiam:
80% de todos os depósitos do overnight, das contas correntes ou das cadernetas de poupança que excedessem a NCz$50mil (Cruzado novo) foram congelados por 18 meses, recebendo durante esse período uma rentabilidade equivalente a taxa de inflação mais 6% ao ano.
Substituição da moeda corrente, o Cruzado Novo, pelo Cruzeiro à razão de NCz$ 1000,00 = Cr$ 1,00
Criação do IOF, um imposto extraordinário e único sobre as operações financeiras, sobre todos os ativos financeiros, transações com ouro e ações e sobre todas as retiradas das contas de poupança.
Foram congelados preços e salários, sendo determinado pelo governo, posteriormente, ajustes que eram baseados na inflação esperada.
Eliminação de vários tipos de incentivos fiscais: para importações, exportações, agricultura, os incentivos fiscais das regiões Norte e Nordeste, da indústria de computadores e a criação de um imposto sobre as grandes fortunas.
Indexação imediata dos impostos, aplicados no dia posterior a transação, seguindo a inflação do período.
Aumento de preços dos serviços públicos. Gás, Eletricidade, serviços postais, etc.
Liberação do câmbio e várias medidas para promover uma gradual abertura na economia brasileira em relação à concorrência externa.
Extinção de vários institutos governamentais e anúncio de intenção do governo de demitir cerca de 360 mil funcionários públicos, com plano para redução de mais de 300 milhões em gasto administrativos.

Impactos na Economia
Redução extraordinária da liquidez do país.
Queda na inflação para 5% ao mês
Queda na atividade econômica
Crescimento negativo do PIB em 7,8% no segundo semestre de 1990.

Planos de estabilização da inflação
Três planos separados para estabilização da inflação foram implementados durante os dois anos do governo Collor. Os dois primeiros, Plano Collor I e II, foram encabeçados pela ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello. Em maio de 1991, Zélia foi substituída por Marcílio Marques Moreira, que instituiu um plano homônimo, o Plano Marcílio.

Plano Verão

O Plano Verão, instituído em 16 de Janeiro de 1989, foi um plano econômico lançado pelo governo do presidente brasileiro José Sarney, realizado pelo ministro Maílson Ferreira da Nóbrega, que havia assumido o lugar de Bresser Pereira.
Devido à crise inflacionária da década de 1980, foi editada uma lei que modificava o índice de rendimento da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o Cruzado Novo, inicialmente atrelada em paridade com o Dólar e a extinção da OTN, importante fator de correção monetária.
Assim como ocorreu no Plano Bresser, o Plano Verão também gerou grandes desajustes às cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a 20,37%. Nenhuma regra foi definida em relação a ajustes salariais. Atualmente, até dezembro de 2008,[1] estas perdas podem ser reclamadas na justiça.

Plano Bresser

O Plano Bresser foi um plano econômico brasileiro lançado em 16 de junho de 1987 através dos Decretos-Lei 2335/87, 2336/87 e 2337/87, pelo então Ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira. O plano Bresser seguiu o plano Cruzado que havia fracassado na tentativa de controlar a inflação.
O Plano Bresser
Em abril de 1987, em meio à crise provocada pelo fracasso do Plano Cruzado, e com a inflação em alta, Luiz Carlos Bresser Pereira assumiu o Ministério da Fazenda do Governo José Sarney. Um mês após a sua posse a inflação atingiu o índice de 23,21%. O grande problema era o déficit público, pelo qual o governo gastava mais do arrecadava, sendo que nos primeiros quatro meses de 1987, já se havia acumulado um déficit projetado de 7,2% do PIB. Então, em junho de 1987, foi apresentado um plano econômico de emergência, o Plano Bresser, onde se instituiu o congelamento dos preços, dos aluguéis, dos salários e a UPR como referência monetária para o reajuste de preços e salários. Com o intuito de diminuir o déficit público algumas medidas foram tomadas, tais como: desativar o gatilho salarial, aumentar tributos, eliminar o subsídio do trigo e adiar as obras de grande porte já planejadas, entre elas o trem-bala entre São Paulo e Rio, a Ferrovia Norte-Sul e o pólo-petroquímico do Rio de Janeiro. As negociações com o FMI foram retomadas, ocorrendo a suspensão da moratória. Mesmo com todas essas medidas a inflação atingiu o índice alarmante de 366% em dezembro de 1987. O Ministro Bresser Pereira demitiu-se do Ministério da Fazenda em 6 de janeiro de 1988 e foi substituído por Maílson da Nóbrega. Em meio a essa crise político-econômica, o Banco Central do Brasil emitiu a Resolução nº1.338/87, em 15 de junho de 1987, resolvendo que as instituições financeiras, em julho de 1987, aplicariam aos saldos das cadernetas de poupança de seus clientes a variação produzida pelas Letras do Banco Central (LBC), em junho de 1987, cujo índice foi de 18,0205%. Entretanto, o artigo 12, do Decreto-lei nº2.284/86, com redação do Decreto-lei nº2.290/86, consagrava que as cadernetas de poupança deveriam ser corrigidas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ou pelas Letras do Banco Central (LBC), adotando-se o maior índice. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), em junho de 1987, foi de 26,06%, sendo claramente maior que o índice produzido pelas Letras do Banco Central (LBC). Dessa forma, com fundamento na Resolução nº1.338/87, as instituições financeiras corrigiram as cadernetas de poupança com índice inferior (LBC) ao devido (IPC), evidenciando a perda material de 8,04% na correção das cadernetas de poupança.

O Relógio do Fim do Mundo

Os cientistas criaram seu método próprio para identificar as profecias. O Relógio do fim do mundo foi inaugurado em 1947 pelos estudiosos que participaram do ultra-secreto Projeto Manhattam. Este resultou na fabricação pelos EUA da primeira bomba atômica, durante a Segunda Guerra e está localizado na sede do Boletim na Universidade de Chicago. O "relógio do juízo final" mede simbolicamente o risco de uma guerra nuclear. Quanto mais próximo das 00:00, maior será a possibilidade de uma guerra com proporções inimagináveis. Na sua inauguração, o relógio marcava 11h53. Em 1953, quando os EUA fizeram o primeiro teste da bomba de hidrogênio e o relógio chegou a marcar 11h58. Após o fim da Guerra Fria, em 1991, os ponteiros recuaram para 11h45, dando ilusão de uma possível paz. Desde 1998, o relógio estava em 23h51. Após o atentado de 11 de setembro de 2001 o relógio avançou 2 minutos com relação a 1998. Os ponteiros registraram 23h53, mostrando que o ataque às torres do World Trade Center podem ter sido o início de grandes mudanças. Conforme pronunciamento de George Lopez, presidente da "Bulletin of the Atomic Scientists" "Apesar da promessa de campanha de repensar a política nuclear, a administração Bush não tem dado passos significativos para modificar as políticas de alvos nucleares ou reduzir as posições de alerta das forças nucleares". Outro motivo da alteração seria o risco um atentado terrorista utilizando armas nucleares e de uma guerra entre a Índia e o Paquistão. Os dois paises possuem um arsenal nuclear de grande porte e os estudiosos temem uma guerra decorrente dos conflitos já existentes. Temos que cuidar do nosso mundo. Temos que lutar pelo desarmamento nuclear. É como se estivéssemos sentados em uma mina terrestre, pronta para explodir. E as vítimas de toda essa ganância e irá política seremos nós, pessoas da paz.fonte:http://www.apocalipse2000.com.br/profecias21.htm

OPEP

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou, pelo seu nome em inglês, OPEC) é uma organização composta por países que retêm algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, como é o caso da Arábia Saudita.
A OPEP é o exemplo mais conhecido de cartel: seu objetivo é unificar a política petrolífera dos países membros, centralizando a administração da actividade, o que inclui um controle de preços e do volume de produção, estabelecendo pressões no mercado.

Membros

Países membros da OPEP

A organização tem agora 12 países membros. Estão listados abaixo, com as datas da sua entrada na organização:.

Membros atuais

África
Angola (Janeiro 2007)
Argélia (Julho 1969)
Líbia (Dezembro 1962)
Nigéria (Julho 1971)
América do Sul
Venezuela (Setembro 1960)
Equador (de 1973 até 1992, retornou como membro em dezembro de 2007)
Oriente Médio
Arábia Saudita (Setembro 1960)
Emirados Árabes Unidos (Novembro 1967)
Irã (Setembro 1960)
Iraque (Setembro 1960)
Kuwait (Setembro 1960)
Qatar (Dezembro 1961) Ex-Membros
Gabão (de 1975 a 1994)
Indonésia (de 1962 a 2008)

• Equador suspendeu a sua adesão em Dezembro de 1992 e reativou em Dezembro de 2007.• Gabão, que se tornou membro de pleno direito em 1975, terminou à sua adesão, com efeitos a partir de 1° de janeiro de 1995.• Indonésia, que se tornou membro de pleno direito em 1962, suspendeu a sua adesão em Dezembro de 2008. Embora sete dos doze membros e ex-membros da OPEP sejam nações árabes, a língua oficial da organização é a inglesa.

História

Sede da OPEP em Viena
Foi criada em 14 de Setembro de 1960 como uma forma dos países produtores de petróleo se fortalecerem frente às empresas compradoras do produto, em sua grande maioria pertencentes aos Estados Unidos, Inglaterra e Países Baixos, que exigiam cada vez mais uma redução maior nos preços do petróleo.

Guerra do Yom Kippur

A persistência do Conflito israelo-árabe forçou a OPEP a tomar atitudes drásticas. Logo após a Guerra dos Seis Dias em 1967, os membros árabes da OPEP fundaram a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo com o propósito de centralizar a política de actuação e exercer pressão no Ocidente, que apoiava Israel. O Egito e a Síria, embora não fossem países exportadores usuais de petróleo, passaram a fazer parte da nova organização. Em 1973, a Guerra do Yom Kippur alarmou a opinião pública árabe. Furiosos com o facto de que o fornecimento de petróleo havia permitido que Israel resistisse às forças egípcias e sírias, o mundo árabe impôs um embargo contra Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão.
O conflito israelo-árabe provocou uma crise. Os membros da OPEP pararam de exportar petróleo para o Ocidente, fazendo com que tivessem que reduzir os gastos anuais com energia, aumentar os preços, e ainda vender mercadorias com preço inflacionado para os países do Terceiro Mundo produtores de petróleo. Isto foi agravado pelo do Irã Reza Palhevi , que era o segundo maior exportador de petróleo mundial e aliado mais próximo dos Estados Unidos na época. É claro que [o preço do petróleo] vai aumentar, disse ele ao New York Times em 1973. Certamente, e como...; Vocês [países do Ocidente] aumentaram o preço do trigo vendido a nós em 300%, o mesmo ocorreu com o açúcar e com o cimento...; Vocês compram nosso petróleo bruto e nos vendem ele de volta beneficiado na forma de produtos petroquimícos, por uma centena de vezes o preço que vocês o compraram...; Seria no mínimo justo que, daqui pra frente, vocês paguem mais pelo petróleo. Poderíamos dizer umas 10 vezes mais.

Produção

Os países membros possuem 78% (OPEP, 2004) das reservas mundiais de petróleo. Suprem 40% da produção mundial e 60% das exportações mundiais. Graças à OPEP, os países são os mais bem pagos pelo seu petróleo. Em 2004, as reservas de petróleo existentes que pertencem aos membros são calculadas em 896000 milhões de barris[carece de fontes?]. As reservas mundiais são calculadas em 1144000 milhões de barris

Entenda mais sobre NPK

Os adubos NPK podem ser comprados em diferentes fórmulas ou até mesmo se mandar preparar uma fórmula em que sobressaia o elemento que desejamos e até enriquecidos com micro-nutrientes. É a fórmula do produto que dever receber bastante atenção na hora da compra, expressando ela a quantidade percentual de nutrientes. Encontramos NPK sobre as formas líquidas e sólidas. Os fertilizantes líquidos ainda costumam ser diluídos em água para uso em pulverizações nas folhas ou para o enriquecimento da água das regas. Nitrogênio = N = É o principal agente do crescimento das plantas e do desenvolvimento foliáceo. A maior parte do nitrogênio a planta absorve nas primeiras fases da sua vida e deixa armazenado em seus tecidos de crescimento. A falta desse elemento nessa fase inicial retarda o crescimento e conseqüentemente a produção. Podemos, no geral, perceber que a falta de nitrogênio deixa a folha com a cor verde pálida ou verde amarelada enquanto o excesso produz abundante folhagem de coloração verde- escura. Phósforo(Fósforo) =P = Sua presença é indispensável para a planta transformar os hidratos de carbono em açúcares. O Fósforo participa ativamente do processo de divisão das células. É um dos agentes direto da formação da clorofila e ainda aumenta o desenvolvimento radicular propiciando à planta maior capacidade de absorver os elementos férteis do solo. Age diretamente na qualidade dos frutos e maturação das sementes e a deficiência desse elemento pode ser percebida quando as folhas tomam uma coloração arroxeada. Potássio – símbolo K - Indispensável à produção dos amidos e açúcares, e para a respiração e desenvolvimento das raízes. Sem ele a planta não se desenvolve. Fica ali atrofiada. O Potássio é absorvido pela planta em menor quantidade e fica acumulado nas folhas e nos talos mais que nos frutos. No inicio desta matéria eu falei: Os adubos NPK podem ser comprados em diferentes fórmulas ou até mesmo se mandar preparar uma fórmula em que sobressaia o elemento que desejamos e até enriquecidos com micro-nutrientes. Pois é ai que entra a classificação dos fertilizantes: Fertilizantes nitrogenados, fertilizantes potássicos e fertilizantes fosfatados. Já sabemos que o(N) Nitrogênio, (P)Fósforo e (K) potássio são os 3 elementos mais exigidos por qualquer planta. Quando em uma fórmula o elemento em maior quantidade é o Nitrogênio, falamos que esse fertilizante é nitrogenado e é recomendado para estimular a brotação e o enfolhamento. São ótimos para as folhagens em geral, gramados. A fórmula será expressa em porcentagem e assim quando expressamos: A Uréia tem 45% de Nitrogênio, estamos falando que de cada 100 quilos de Uréia, 45 são de Nitrogênio. Quando o elemento de maior quantidade é o Fósforo ou phósforo, falamos que é um fertilizante fosfatado e que este estimula o surgimento de raízes, o aumento das floradas e, conseqüentemente da frutificação e produção de sementes. A aplicação de adubos fosfatados é muito importante em regiões onde ocorrem geadas, pois ele vai aumentar a resistência das plantas ao frio e alem disso vai apressar a maturação dos frutos. Quando o elemento dominante é o Potássio (K) vai contribuir na formação de tubérculos, rizomas, fortalecer os tecidos vegetais e aumentar a resistência contra a seca. Por dar maior consistência à planta vai tornar a mesma mais resistente contra pragas e doenças. Desejando discutir melhor esse assunto poderemos ver em outra matérias quanto à aplicação e quais os adubos orgânicos ou inorgânicos que contém mais de quais elementos.
*** Artigo enviado ao TodaFruta para publicação em 25/09/07
Data Edição: 28/09/07
Fonte: TodaFruta

Fabio Gambiagi

Em momento algum desta entrevista o economista Fábio Giambiagi, um dos mais lúcidos analistas da política macroeconômica brasileira, tocou no tema das eleições para a Presidência da República, cujo primeiro turno está marcado para 1o de outubro. Mas sua avaliação sobre o papel - único - do Estado como líder da retomada de um crescimento econômico forte e sustentável não deixa margem a dúvidas quanto à importância dos resultados do pleito. "Só o Poder Executivo pode liderar as reformas", afirma Giambiagi. Em estudos, artigos e livros, esse economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) tem enfatizado a urgência de mudar as regras previdenciárias para evitar o risco de que o INSS - cujos dispêndios evoluíram de 2,5% do PIB, em 1989, para cerca de 8% do PIB, neste ano, "certamente o crescimento mais rápido do mundo" - se aproxime da falência, nas próximas décadas. Mas a Previdência Social, enfatiza, é apenas um dos problemas graves a enfrentar. Pois caberá ao governo, qualquer que seja - com o aval da sociedade - induzir o País a um ritmo mais rápido de crescimento, com base na redução das despesas públicas, da carga tributária e dos juros reais. Esta é a melhor opção à tentativa de manter o equilíbrio atual, sustentado por tributos crescentes. Giambiagi é, essencialmente, um otimista - como fica demonstrado no livro Rompendo o Marasmo - A Retomada do Desenvolvimento no Brasil, escrito em parceria com Armando Castelar Pinheiro, outro especialista no Estado e defensor da urgência de reduzir os custos de transação. Para que o otimismo seja conseqüente, a saída é reformar o Estado, para atrair investimentos e competir com os demais países em desenvolvimento em condições de igualdade fiscal e regulatória. Nesse processo, o mercado de capitais poderá ter um papel de destaque, pois, com a previsível queda dos juros dos títulos de renda fixa públicos e privados - e, ademais, com a diminuição da dívida pública como proporção do PIB, conseqüência da menor avidez do Estado pelos recursos disponíveis -, os aplicadores admitirão correr mais riscos e olhar com interesse para o mercado de ações. Nesta entrevista à Revista Bovespa, feita dia 3 de julho, Giambiagi observou que, em 2007, o governo federal terá de adotar uma política de contenção fiscal, depois do aumento de despesas, principalmente com a folha de pagamento e o salário mínimo. O novo governo terá algum espaço, "no período de lua-de-mel do eleito com seus eleitores".

Jimmy Carter

James Earl "Jimmy" Carter, Jr., conhecido como Jimmy Carter, (Plains, Geórgia, 1 de outubro de 1924) é um político norte-americano, tendo sido o 39° presidente dos Estados Unidos da América.
Biografia
Jimmy Carter nasceu em uma família batista com interesses no setor agrícola e plantadora de amendoins - negócio no qual ele prosperaria. Após se formar pela Academia Naval de Annapolis (Maryland) em 1946, casou-se com Rosalynn Smith, depois Rosalynn Carter. Deste matrimônio nasceram quatro filhos: John William (Jack), James Earl II (Chip), Donnel Jeffrey (Jeff) e Amy Lynn. Foi governador de seu estado natal de 1971 a 1974.
Eleição presidencial Menachem Begin, Jimmy Carter e Anwar Sadat em Camp David (1978). Venceu o republicano Gerald Ford na eleição presidencial de 1976, por pequena margem no voto popular e no Colégio Eleitoral. Esteve à frente do governo dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, convertendo-se no mediador do primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O acordo de Camp David, de 1978, selou uma paz duradoura entre Israel e Egito. Assinado por Menagem Begin, primeiro-ministro israelense, e por Anwar Sadat, presidente do Egito, possibilitou ao líder egípcio a reconquista da península do Sinai, território ocupado pelas tropas israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Begin e Sadat foram, inclusive, agraciados com o Prêmio Nobel da Paz por esse acordo. Sadat, inclusive, acabaria sendo assassinado por radicais islâmicos contrários à paz com Israel.
Política de paz
Carter assinou um tratado com o Panamá, segundo o qual os EUA devolveriam o canal em 2000 ao controle panamenho. O tratado foi assinado com presidente panamenho Omar Torrijos. Carter adotou uma política de distensão com os países comunistas, estabeleceu relações diplomáticas com a China, assinou tratados de SALT-2 com a antiga União Soviética, sobre a redução de armas nucleares e reduziu as tensões diplomáticas de seu país com Cuba, governada por Fidel Castro. Alguns acordos com Cuba resultaram no estabelecimento de Seção de Interesses (embaixada) dos EUA em Havana e uma cubana em Washington. Também houve acordo pesqueiro com Cuba sobre a delimitação das águas territoriais para a pesca. Carter autorizou que turistas dos EUA visitassem Cuba (Reagan vetaria essa lei), amenizando, além disso, o embargo contra Cuba. Mais de vinte anos depois de sua gestão, em 2002, ele faria visita histórica a Cuba. Direitos Humanos
Jimmy Carter, ao contrário dos seus antecessores republicanos, influenciou o processo de abertura democrática de países da América Latina, quase todos então governados por ditaduras militares. Em 1977, Jimmy Carter encontrou-se com o então presidente brasileiro Ernesto Geisel e influenciou a ala de militares brasileiros ligados a Geisel para um processo de abertura, que seria continuado por João Figueiredo. Controvérsias
Embora seu governo tenha sido marcado pelo uso da diplomacia para garantir a paz mundial, diminuindo o tom beligerante da Guerra Fria, e pela prioridade dada a questões sociais, Carter adquiriu reputação de parcimônia e indecisão - características que não foram bem recebidas pelo eleitorado americano. Após a Revolução Iraniana de 1979 e o seqüestro de 52 funcionários da embaixada norte-americana em Teerã, foi acusado de ineficiência na administração do caso. Também em 1979 a União Soviética ocupou militarmente o Afeganistão por razões políticas, e muitos americanos acreditaram que Carter poderia ter agido com mais dureza para evitar esta crise. O gesto mais significativo de Carter contra a intervenção soviética foi o de boicotar os Jogos Olímpicos de 1980, que seriam disputados em Moscou. Além disso, uma recessão na economia estadunidense no período contribuiu para que as suas chances de reeleição fossem praticamente nulas. Derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980, o ex-presidente retornou à Geórgia e criou o Carter Center para promover os direitos humanos, o avanço das democracias e a busca de soluções pacíficas para conflitos internacionais. Também foi observador internacional de muitas eleições em países que voltavam ao regime democrático ou que tentavam implantar tal regime em substituição a ditaduras. Por suas ações no intuito de promover a paz mundial, direitos humanos, democracia e tendo sido mediador em diversas questões conflitivas ao redor do globo, foi agraciado, no ano de 2002, com o Prêmio Nobel da Paz.
Jimmy & São Paulo
No dia 3 de Maio de 2009, Jimmy foi agraciado pelo governador do estado de São Paulo, José Serra, com a Ordem do Ipiranga.