segunda-feira, 25 de maio de 2009

Conferência Internacional Monetária de Bretton Woods

Conferência de Bretton Woods criou o FMI e o Banco Mundial O Acordo da Conferência Internacional Monetária de Bretton Woods, ocorrido em 1944, visava assegurar a estabilidade monetária internacional, impedindo que o dinheiro escapasse dos países e restringindo a especulação com as moedas mundiais. Antes do Acordo, o padrão ouro de troca - que prevaleceu entre 1876 e a Primeira Guerra Mundial - dominava o sistema econômico internacional. Instituições financeiras gêmeas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial surgiram em 22 de julho de 1944. Foram criadas por 45 países (Brasil entre eles), já nos estertores da 2.ª Grande Guerra, que se reuniram de 1.º a 22 de julho de 1944, na cidadezinha de Bretton Woods, Estado de New Hampshire, Estados Unidos. A Conferência de Bretton Woods foi convocada para construir uma nova ordem econômica mundial que impedisse novos cataclismos como os que aconteceram durante a Grande Depressão dos anos 30. Foi uma espécie de antecipação da ONU (fundada em São Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das coisas do dinheiro. A reunião centrou-se ao redor de duas figuras chaves: Harry Dexter White, Secretário-Assistente do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e de Lord Keynes, o mais famoso dos economistas, representando os interesses da Grã-Bretanha, que juntos formavam o eixo do poder econômico da terra inteira. Acertou-se que dali em diante, em documento firmado em 22 de julho de 1944, na era que surgiria das cinzas da Segunda Guerra Mundial, haveria um fundo encarregado de dar estabilidade ao sistema financeiro internacional bem como um banco responsável pelo financiamento da reconstrução dos países atingidos pela destruição e pela ocupação: o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento, ou simplesmente World Bank, Banco Mundial, apelidados então de os Pilares da Paz. As crises a evitar deveriam restringir-se a um punhado de países. Por isso, essas instituições nasceram com objetivos relativamente modestos. Porém, de 1944 para cá, muita coisa mudou. O padrão-ouro, sobre o qual fora construída a Nova Ordem, foi desmantelado em 1971, o dólar tornou-se a moeda hegemônica de reserva mundial, e os ativos financeiros são hoje centenas de vezes mais importantes que os comerciais. As crises em conta corrente tornaram-se raras. Para evitá-las, cada país tratou de empilhar reservas, com enormes sacrifícios para o bem estar de sua população. A maior parte dessas reservas constitui-se hoje de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, o que cria novas distorções. É que reservas são sobras de dólares que só podem ser obtidos por meio da formação de superávits comerciais; como não há superávit sem contrapartida de déficit (em outros países), a situação atual está montada sobre desequilíbrios estruturais, justamente o que se pretendeu evitar em Bretton Woods. Se as crises em conta corrente diminuíam, em compensação, o mundo inteiro ficou vulnerável a buracos negros nas contas de capitais (onde são registrados os fluxos em moeda), com enorme força de contágio global. A partir dos anos 70, a função preponderante do FMI foi a de ser bombeiro de crises financeiras. O FMI ficou um anão sexagenário diante das novas dimensões da economia mundial. Seus ativos não passam de US$ 330 bilhões. Se tivessem hoje o tamanho do seu início, seriam da ordem de US$ 1 trilhão. Fontes: Estadao.com.br Mesada.com.br Culturabrasil.pro.br