quinta-feira, 28 de maio de 2009

Macroeconomia

Macroeconomia (do Grego: μακρύ-ς /ma΄kri-s/ grande, amplo, largo e οικονομία /ikono΄mia/ lei ou administração do lar) é uma das divisões da ciência Economia dedicada ao estudo, medida e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo da economia, sendo o outro a microeconomia. Os estudos macroeconômicos tiveram seu início a partir da quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, sendo a primeira grande obra literária macroeconômica o livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda do economista britânico John Maynard Keynes. A Macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconômicos) da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior. Os objetivos da macroeconomia são principalmente: o crescimento da produção e consumo, o pleno emprego, a estabilidade de preços, o controle inflacionário e uma balança comercial favorável. Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema econômico, ou seja, uma organização que envolva recursos produtivos. A estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados: • Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços. • Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego. • Mercado Monetário: analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros. • Mercado de Títulos: analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e dificitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda. • Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro. Principais Conceitos: balança de pagamentos taxa de câmbio banco central inflação moeda poder de compra política monetária produto interno bruto Índice[esconder] 1 Agregados Macroeconômicos 2 Contabilidade Nacional 3 Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais 4 Modelo Keynesiano Simples 5 Modelo Keynesiano Generalizado ou Modelo IS-LM 6 Teoria da Moeda 7 Ver também 8 Bibliografia Agregados Macroeconômicos Os princípais agregados macroeconômicos são Produto, Renda, Despesa. PRODUTO - é a produção total de bens e servicos finais que são produzidos por uma sociedade num determinado período. RENDA - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das remunerações recebidas pelos proprietários dos fatores de produção como retribuição pela utilização de seus serviços na atividade produtiva. Ex: salário, aluguéis, juros, lucros; RENDA PESSOA DISPONÍVEL (RPD) é a renda com que as famílias contam para poderem consumir. POUPANÇA (S) é parte RPD que não foi consumida. RENDA(D) = C + S W - salários - remuneração do fator de produção trabalho (comissões, honorários de profissionais liberais, ordenados dos executivos, mesmo que não assalariados) J - juros - remuneração do fator de produção capital A - aluguéis - remuneração dos proprietários dos recursos naturais L - lucros - remuneração do fator de produção capital RENDA(D) = w + j + a + l DESPESAS - é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição de bens e serviços produzidos pela sociedade. Investimento - refere-se às despesas voltadas para a ampliação da capacidade produtiva da economia. Ex. construção de uma hidroelétrica, a construção ou ampliação de uma fábrica, a aquisição de novas máquinas e equipamentos por uma firma, etc. Investimento Bruto = Formação bruta de Capital fixo + Variação de Estoque Ib = Fbkf + VarEst Investimento bruto é compra de bens de capital - somente produtos novos. Representam um acréscimo ao estoque de capital da economia. (Bens de investimento é sinônimo de bens de capital.)Variações positiva de Estoque são bens produzidos e não vendidos no período, para serem vendidos no futuro. Por significarem um acréscimo ao patrimônio da sociedade tais variações são computadas como investimentos.Investimento bruto(-) depreciação(=) Investimento LíquidoIliq=Ib - Dep Depreciação - uma parte dos bens de capital em uso na economia poder sofrer desgastes física ou obsolescência. Isso configurara um decréscimo no estoque de capital denominado depreciação. Renda = consumo + poupança R = C + S Despesa = Consumo + investimento D = C + IComo renda = despesa = produto C + I = C + S I = S PRODUTO = RENDA = DESPESA Contabilidade Nacional Nota prévia - "Renda" é o termo utilizado pelos falantes de Português na América do Sul para designar "Rendimento". Existem outras discrepâncias na terminologia macroeconómica entre os falantes da língua: é, por exemplo, o caso do termo "Demanda", também utilizado na América do Sul, em substituição de "Procura". Produto = Produção - consumo intermediário Produto = bens finais + serviços finais Renda = fatores de produção = terra, capital (juros e lucros), e trabalho. Produto = Renda Terminologia Produto Líquido = Produto Bruto - Depreciação Produto Interno = Produto Nacional - Renda Bruta Recebida do Exterior + Renda Bruta Enviada ao Exterior ou Produto Interno = Produto Nacional - Renda Líquida Enviada ao Exterior, onde: Renda Líquida Enviada ao Exterior = Renda Bruta Enviada ao Exterior - Renda Bruta Recebida do Exterior Produto a Custo de Fatores = Produto a Preços de Mercado - Impostos Indiretos + Subsídios Em suma, o produto é classificado como (Líquido Bruto), (Interno, Nacional) e (Custo de Fatores Preços de Mercado). Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais Taxa de Câmbio é o preço da moeda estrangeira medido em unidades da moeda nacional. É de compra é o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira. Em um regime de câmbio flexível (flutuante) ela se forma pela interação entre a oferta e a demanda de moeda. Em um regime de câmbio fixo, ela é definida pelo Banco Central. Modelo Keynesiano Simples O Modelo Keynesiano Simples, ou Básico, é um dos chamado regimes mistos da Macroeconomia. Este modelo veio substituir os modelos clássicos, e esta calcado na rigidez de preços e salários no curto prazo e flexibilidade no longo prazo. Segundo os keynesianos, a Oferta Agregada é o que determina a Produção. A Oferta Agregada, função determinada pelo capital, trabalho e tecnologia, permaneceria então fixa no curto prazo. Para Keynes, poupança e consumo competem por recursos. Assim, quando um aumenta, o outro, necessariamente, tem de diminuir. No Modelo Keynesiano Simples o nivel de Poupança é expressão da Renda menos Consumo. Matematicamente temos: S = Y - C Aonde: S: Poupança Y: Renda C: Consumo O nível de Consumo é dependente da propenção marginal a consumir. Este por sua vez, é dado como complementar da propenção marginal a consumir: c + s = 1 Aonde: c: Propenção Marginal a Consumir s: Propensão Marginal a Poupar Modelo Keynesiano Generalizado ou Modelo IS-LM A análise IS-LM procura sintetizar, em um só esquema gráfico, muitas situações da política econômica, por meio de duas curvas: As curvas IS e LM. O Modelo IS/LM resume os pontos de equilíbrio conjunto do lado monetário e do lado real da economia, entre a taxa de juros e o nível de renda nacional. Gráfico do modelo IS/LM Curva IS: A curva IS é o conjunto de combinações de i (taxa de juros) e y (renda) que equilibram o mercado de bens e serviços. Curva LM: A curva LM é o conjunto de combinações de i (taxa de juros) e y (renda) que equilibram o mercado monetário (oferta por moeda igual a demanda por moeda) e o mercado de títulos, ou seja, as combinações de taxas de juros e níveis de renda que tornam iguais a demanda por moeda e a oferta de moeda. Teoria da Moeda Ludwig von Mises foi capaz, melhor do que qualquer outro, de destilar a essência do paradigma iniciado por Menger e de o aplicar a uma série de novos campos no âmbito da economia que dariam um impulso definitivo à Escola Austríaca no século XX. Com efeito, para Mises, “o que distingue a Escola Austríaca e lhe há-de proporcionar fama imortal é precisamente o facto de ter desenvolvido uma teoria da acção económica e não da ‘não acção’ ou ‘equilíbrio económico’” (Mises, 1978: 36). Mises aplicou melhor que ninguém esta concepção dinâmica do mercado a novas áreas onde não se havia ainda aplicado o ponto de vista analítico da Escola Austríaca, impulsionando o seu desenvolvimento no âmbito da teoria monetária, do crédito e dos ciclos económicos. Bibliografia Mankiw (Macroeconomics) Iorio,Ubiratam (A economia do déficit público) VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro: teoria e exercícios, glossário com os 260 principais conceitos econômicos. 3. ed. - São Paulo: Altas, 2002.