segunda-feira, 25 de maio de 2009

Winston Churchill

Winston Leonard Spencer Churchill (Woodstock, 30 de Novembro de 1874Londres, 24 de Janeiro de 1965) foi um estadista britânico, escritor, jornalista, orador e historiador, famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Índice[esconder] 1 Biografia 2 Ideais 3 Referências 4 Bibliografia 5 Ligações externas // [editar] Biografia Filho de Lorde Randolph Churchill e da norte-americana Jennie Jerome, neto do sétimo Duque de Marlborough. Depois de algumas novelescas aventuras (incluindo sua participação nas Guerras dos Bôeres) foi jornalista e acabou dedicando-se à política. Durante a Primeira Guerra Mundial foi o Primeiro Lord do Almirantado, e portanto principal responsável do desastre do desembarque de Gallipoli em Dardanelos (face às tropas de Atatürk). No período entre guerras se dedicou fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período por uma violenta crítica ao nazismo alemão dentro da Câmara dos Comuns, rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos recursos na militarização, prevendo um possível ataque alemão num futuro próximo e temendo que a Inglaterra não estivesse preparada para resistir. Na ocasião Churchill foi acusado de belicista, mas muitos estudiosos entendem que o acerto desta previsão foi uma das principais razões que levaram Churchill a ser eleito Primeiro-Ministro 9 meses após a invasão da Polônia por Hitler em setembro de 1939 e consequente Declaração de Guerra à Alemanha pela Inglaterra em função do tratado de defesa mútua assinado com a Polônia. Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de Primeiro-Ministro britânico, contando 65 anos de idade. Seus discursos memoráveis, conclamando o povo britânico à resistência e sua crescente aproximação com o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos da América ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados. O exemplo de Churchill e sua incendiária oratória permitiram-lhe manter a coesão espiritual do povo britânico nas horas de prova suprema que significaram os bombardeios sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido. Devido à estes bombardeios em 20 de Julho de 1944, mesmo dia em que Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar gás venenoso em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra moderna, esta ideia foi fortemente desencorajada pelos generais britânicos, fazendo com Churchill a abandonasse.[1] Nessa época ele comandava a Inglaterra de um prédio de escritórios simples, que não fora projetado para seu conforto, passava as manhãs deitado na cama, e costumeiramente tomava um banho em um cômodo separado de seu quarto, de forma que ás vezes, oficiais ingleses encontravam Churchill andando pelo prédio semi-nu e molhado.[1] A alimentação de Churchill lhe provocava maus na saúde como cansaço, ele passava o dia fumando charutos e bebendo um coquetel de wiskis, tais costumes apavoravam seu médico.[1] Winston Churchill, em Downing Street, exibindo o "V" de vitória. Apesar da vitória na Segunda Guerra em 1945, os conservadores de Churchill perderam as eleições para os trabalhistas, liderados por Clement Atlee, deixando assim o cargo de Primeiro-Ministro. Em 1951 em razão de vitória por ampla maioria dos conservadores nas eleições daquele ano, Churchill voltou ao cargo de Primeiro-Ministro; tinha então 76 anos de idade. Em 1953, Churchill recebeu o Prêmio Nobel de Literatura por suas memórias de guerra (cinco volumes, também disponível nas livrarias em versão condensada, em volume único) e seu trabalho literário e jornalístico, anterior aos tempos de Premier. Na ocasião, ele foi saudado como o maior dos ingleses vivo. Foi o primeiro a cunhar o termo "cortina de ferro" para ilustrar a separação entre a Europa comunista e a ocidental. Em primeiro de março de 1955, Churchill proferiu seu último discurso na Câmara dos Comuns como Chefe de Governo, intitulado “Jamais Desesperar” anunciando a sua renúncia ao mandato de Primeiro-Ministro, não sem antes alertar o mundo, mais uma vez, para o risco de guerra nuclear. Depois, continuou na Câmara dos Comuns até pouco tempo antes de falecer. Nos últimos anos de vida parlamentar, teve atuação discreta, proferindo discursos apenas ocasionalmente. Em 21 de junho de 1955 foi inaugurada pela prefeitura de Londres a estátua de Churchill com a presença dele próprio. Em 1963, aos 89 anos, foi homenageado com o título de Cidadão Honorário dos Estados Unidos pelo então presidente John Kennedy. Não podendo receber a homenagem em Washington em razão de estado de saúde precário, foi representado pelo seu filho Randolph. [editar] Ideais Apesar da carreira política de Churchill ser marcada por ocupar posições de destaque dentro do governo britânico em ambas as grandes guerras do século XX, pela análise de seus discursos verifica-se sempre uma busca pela paz, tendo chamado a Segunda Guerra Mundial de "A Guerra Desnecessária", defendendo a ideia que os países europeus deveriam ter impedido a Alemanha de recompor suas forças armadas antes da Guerra, visando a evitá-la. Churchill acreditava que a entrada dos Estados Unidos da América na guerra era essencial para a derrota dos nazistas, criando grandes laços com os estadunidenses e com o Presidente Roosevelt, tendo feito com este diversos contatos, entre eles a concepção da Carta do Atlântico em 1941. Apersar de ser incondicionamente antinazista[1], Churchill era defensor da higiene racial.[2] Ele foi um grande apreciador de Edward Gibbon, de cujo livro A História do Declínio e Queda do Império Romano ele memorizou várias passagens. Churchill era também um apaixonado pela pintura, tendo dito que quando morresse, chegado ao céu, iria definitivamente passar os primeiros 100 anos da eternidade a pintar.